
Dois homens que relatam ter sofrido abusos sexuais pelo cantor Michael Jackson quando eram crianças foram liberados para reabrir processos contra empresas do cantor. A autorização foi dada na sexta-feira (3), após mudanças nas leis da Califórnia.
A decisão foi do Segundo Distrito da Corte de Apelações, com sede em Los Angeles, em favor de Wade Robson e James Safechuck, que aparecem no documentário ‘Deixando Neverland’, de 2019. Supostas vítimas do falecido Rei do Pop, eles detalharam as acusações na produção lançada pela HBO.
A Justiça só permitiu a reabertura dos processos após mudanças na lei. A legislação do estado estabelecia que acusações de abuso sexual contra menores fossem apresentadas antes que as vítimas completassem 26 anos. Agora, o limite é de 40 anos.
Desse modo, as supostas vítimas foram autorizadas a seguir com processos contra as empresas MJJ Productions e MKK Ventures, que pertenciam ao cantor e que são apontadas, pelos autores das ações, como responsáveis pelos abusos sofridos.
O advogado da acusação, Vince Finaldi, comemorou a decisão. “Estamos nos preparando para apresentar esse caso a um júri”, disse em nota. Já Howard Weitzman, que defende a família de Jackson, afirmou que a sentença não afeta os herdeiros do cantor, apenas duas de suas empresas.
“A decisão só revive as denúncias contra empresas de Michael Jackson. Elas absurdamente afirmam que os empregados de Michael eram de alguma forma responsáveis por um abuso sexual que nunca ocorreu”, disse Weitzman.
O Rei do Pop morreu no ano de 2009, aos 50 anos, e foi acusado diversas vezes de ter abusado de menores de idade. Em 2005, chegou a ser absolvido em um julgamento no qual era acusado de ter assediado um jovem.
Todavia, no ano de 1994, fechou um acordo com a família de outra criança que o denunciava pelo mesmo crime.
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