Milhares de pessoas participaram neste sábado (4) do funeral do general iraniano Qassim Suleimani, em Bagdá, capital do Iraque. A cerimônia foi marcada por pedidos de vingança imediata e gritos de “morte aos EUA”.
Além do general, o ataque a míssil ordenado pelo presidente Donald Trump na sexta-feira (4) provocou a morte de líderes de milícias locais. Um dia depois do ataque norte-americano, milhares de pessoas estão reunidas em Khadhimiya, norte da capital iraquiana, num famoso santuário xiita daquele país, para participar das cerimônias fúnebres.
A ação desencadeou uma crise na região. Os temores de um novo conflito global aumentaram ainda mais após um dos comandantes da Guarda Revolucionária do Irã (da qual o general morto também fazia parte), prometer atacar americanos onde for possível. Gholamali Abuhamzeh também ameaçou pela primeira vez realizar um ataque contra o estreito de Hormuz, região por onde passa parte da produção mundial de petróleo.
“É um ponto vital para o Ocidente, um grande número de embarcações e navios de guerra americanos passam por lá”, disse, acrescentando que a capital israelense, Tel Aviv, também é um alvo que está ao alcance do Irã. As tensões estão crescendo no Iraque entre as forças americanas e grupos de militantes apoiados pelo Irã.
O governo americano já enviou, inclusive, cerca de 3 mil soldados adicionais ao Oriente Médio, em resposta a recentes incidentes. Nesse domingo (5), o Parlamento iraquiano vai realizar uma reunião extraordinária para debater a situação no país após o ataque de sexta-feira.
Os parlamentares poderão condenar a presença norte-americana no país. Washington já anunciou que planeja enviar mais 3.500 soldados para a região, além dos 5.200 militares que já se encontra em território iraquiano. Com informações da Folha de S.Paulo.
Bahia.ba