Fernandinho e ChadliImagem: Eduardo Verdugo/AP Photo
As estatísticas mostram que Fernandinho acertou 56 passes, mas não dão a dimensão do quanto ele foi mal na derrota do Brasil por 2 a 1, nesta sexta-feira (6). Os números da Fifa dizem que o camisa 17 acertou apenas três passes para frente na eliminação nas quartas de final diante da Bélgica.
Autor do gol contra que abriu o placar, ele liderou uma atuação desorganizada do Brasil na defesa, esteve individualmente muito mal e termina a Copa do Mundo da Rússia como vilão da eliminação. No 7 a 1 contra a Alemanha, em 2014, ele já havia sido uma das figuras mais identificadas com o desastroso resultado no estádio do Mineirão.
No fatídico jogo, foi um dos piores em campo e substituído ainda no primeiro tempo, por Paulinho. O lance mais lembrado é o desarme infantil que sofreu por Kroos no lance que originou o quarto gol alemão.
Apesar disso, o meio-campista teve a confiança de Tite. Ele atuou em 19 das 25 partidas com o treinador e teve a chance de voltar a enfrentar a Alemanha, no amistoso de março. Na ocasião, foi bem e bastante elogiado pela comissão.
Na partida desta sexta-feira, no primeiro gol, Fernandinho subiu sozinho, apenas com Gabriel Jesus à frente. De cabeça baixa, ele viu a bola bater no seu braço e ir contra o próprio gol. Dali para frente, não acertou quase nada. Pelo contrário, manteve apenas passes laterais. Subiu tão pouco, que só deu um chute na partida, sem perigo para o goleiro Courtois.
No segundo, o volante deixou Lukaku avançar em arrancada pelo meio e praticamente estendeu um “tapete vermelho” para o belga. Em seguida, viu mais dois companheiros apenas observarem o atacante belga. Pela direita, dois se posicionavam nas costas de Marcelo até De Bruyne chutar cruzado e vencer Alisson. Em um contra-ataque da Bélgica já no segundo tempo, precisou apelar para falta grosseira para parar Hazard e sofrer o cartão amarelo.
O dono da posição era Casemiro. Nos três jogos que fez na primeira fase, ele terminou como o que mais dava combate do time e o que mais ganhava jogadas aéreas, justamente o ponto fraco da equipe de Tite. Ele ainda foi o que mais recuperou bola, com 25 intervenções.
Com ele, a defesa precisava trabalhar menos. Alisson foi exigido em apenas três ocasiões nos quatro jogos que tinha feito até a queda. Só no primeiro tempo contra a Bélgica, o goleiro tomou três chutes. O site da Fifa registrou oito oportunidades de gols para os belgas até o momento em que o Brasil fez seu primeiro e único tento na partida.
Fonte: esporte.uol.com.br